Como povos tão antigos produziram um solo que permanece fértil por muito tempo sem perder seus nutrientes? Essa é a pergunta que está intrigando o arqueólogo Eduardo Góes Neves, do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP), que está desenvolvendo estudos sobre a TPI (Terra Preta de Índio), localizada na Amazônia.
A TPI é um solo que era natural e foi modificado, virando fértil por causa da ação humana. Esse modelo agroecológico está sendo estudado para que possamos reproduzir o mesmo tipo de solo, o que trará muitos benefícios para o meio ambiente e para a agricultura de regiões com solos pobres, já que o enriquecimento do solo seria feito de maneira mais sustentável e reduziria o impacto do uso de fertilizantes ao meio ambiente.
Mas não é tão fácil assim… Apesar das pesquisas, ninguém conseguiu reproduzir o solo ainda. O solo é formado por deterioração de rochas e restos de peixes, animais e vegetais queimados, porém não se sabe ao certo o tempo que se leva para fazer, nem a temperatura.
O que nos resta é torcer para que eles descubram a receita certa do solo mágico para que possamos construir um mundo mais sustentável.
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